Valerá a pena ser sincero,
quando sinceras palavras,
fontes de mim que espero,
que historia e vidas lavras.
Envolvem-nas em invólucros
ingénuas ou ridículas fruto do ser
alguém apenas tenta tirar lucros
de uma visão medíocre do escolher.
Valerá a pena ser sincero,
ser-se o que é apenas ser,
da vida viver e nada quero,
e de teias e iscas nada saber.
Sou o pastor das minhas palavras
guardador do rebanho no meu jardim
sou o teu imperfeito ser que deslavras
na loucura da emoção para qualquer fim.
Valerá a pena ser sincero,
leves penas numa só vida,
sopros de culpas que aglomero,
são de dementes e apodrecida.
Sou o minúsculo ponto,
a insignificância do universo,
as palavras do contra-ponto,
não sou nada apenas inverso.
Valerá a pena ser sincero?
ser poeta de palavras menores,
menor nos actos que considero,
o invisível que em tudo ignores.
Sou a consequência de tudo o que á dentro de mim,
levo alegrias, lágrimas da vida que acarretamento,
aprendo no voo do vento da vida num folhetim,
que a vida é um caminho e não um lamento.