(Richard Bach "Fernão Capelo Gaivota")
domingo, 20 de novembro de 2011
Um dia assim...
domingo, 12 de junho de 2011
Navegar é preciso; viver não é preciso. Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos..
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
domingo, 5 de junho de 2011
Navegar é Preciso
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
(Fernando Pessoa)
sábado, 28 de maio de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
Senhores do Dinheiro
Vós, Senhores do Dinheiro
Políticos, Economistas e Banqueiros que nos enganais,
Que cotações, Ratings e bolsas inventeis
Que de especulações e interesses viveis
Que em offshores e subprime roubeis
Que vos escondeis atrás de paredes
Que vos escondeis atrás de gabinetes
Quero que saibam
Que vejo através das vossas mentes
Vós, Senhores do Dinheiro
Que jamais fizestes outra coisa
para além de subir e descer juros
Brincais e explorais os mais humildes
Como se fossem vossas marionetas
Dais-me uma esmola para a mão
E escondei-vos do meu olhar
E desviais e fugis bem depressa
Quando rápidas vidas caiem na rua.
Como a velha peste
Demagogos e desonestos
Que retalhais e dividis o mundo em norte e sul
em mapas e em primeiros e terceiros mundos
Quereis que acredite
Que uma economia global pode trazer igualdade
Mas vejo para além das vossas máscaras
Como vejo através da água
Que escorre pelo cano de esgoto
Preparais ciclos económicos e eleições
para ganharem mais uns milhões
Depois encostáveis e apreciais em belos iates e aviões
milhares de mortes, mulheres estéreis e crianças famintas
Quando o número de famintos aumentar
escondei-vos nas vossas luxuosas mansões
enquanto sonhos destruídos e lágrimas escorrem
dos corpos de crianças e Homens honestos
e se misturam nas ruas que pisais.
Causastes o pior dos medos
alguma vez provocado
medo de dar filhos ao mundo
como se de moeda de troca fosse
como se de uma loja se tratasse
Por aprisionares o meu filho
ainda sem corpo e sem nome
Não mereceis a condição humana
que vossa alma transporta.
Tantas coisas que sei e li
ditaduras, democracias e absolutismos,
quereis que acredite em comunistas, capitalistas,
anarquistas, democracias, políticos e economistas,
podeis dizer que sou ingénuo e ignorante
mas duma coisa estou certo
embora mais ingénuo e ignorante que vós
nem Jesus ou Buda vos perdoaria
aquilo que fazeis às pessoas e ás crianças.
Deixei que vos pergunte
O vosso dinheiro é assim tão importante
comprar-vos-á o perdão
pensais que será possível
Creio que descobrireis
no momento da vossa morte
que nem todo o dinheiro
vos restituirá a alma
Espero que morrais
e que chegue depressa a vossa morte
Seguirei a vossa urna
na tarde pálida
e estarei vigilante quando vos baixarem
para o leito da morte
e ficarei sobre a vossa campa
até estar seguro da vossa morte.(B.D./C.M.)
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Muda
Olha em volta,
o mundo muda,
um sussurro,
um minuto.
Muda, sim muda,
o lamento sim,
despida verdade,
brechas abertas.
Muda sim, o retrato,
feridas palavras,
intemporais soltas,
frágeis fronteiras.
Muda, sim a chave,
ténue respostas,
sombrio o olhar,
auréola baça.
Muda sim, para lá,
encontra sim, cheio,
existe sim, um louco,
utopia da arte existente.
Muda sim, muda,
passageira do tempo,
tudo é, e deixa de ser,
não é apenas pó.
Muda, sabes sim,
uma dor, sim muda,
um amor, sim,
uma morte, sim muda.
(C.M.)