Há sempre uma razão para viver. Podemos elevar-nos acima da nossa ignorância, podemos olhar o nosso reflexo, como o de criaturas feitas de perfeição, inteligência e talento. Podemos ser livres! Podemos aprender a voar!
(Richard Bach "Fernão Capelo Gaivota")

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Sincero

Valerá a pena ser sincero,

quando sinceras palavras,

fontes de mim que espero,

que historia e vidas lavras.


Envolvem-nas em invólucros

ingénuas ou ridículas fruto do ser

alguém apenas tenta tirar lucros

de uma visão medíocre do escolher.


Valerá a pena ser sincero,

ser-se o que é apenas ser,

da vida viver e nada quero,

e de teias e iscas nada saber.


Sou o pastor das minhas palavras

guardador do rebanho no meu jardim

sou o teu imperfeito ser que deslavras

na loucura da emoção para qualquer fim.


Valerá a pena ser sincero,

leves penas numa só vida,

sopros de culpas que aglomero,

são de dementes e apodrecida.


Sou o minúsculo ponto,

a insignificância do universo,

as palavras do contra-ponto,

não sou nada apenas inverso.


Valerá a pena ser sincero?

ser poeta de palavras menores,

menor nos actos que considero,

o invisível que em tudo ignores.


Sou a consequência de tudo o que á dentro de mim,

levo alegrias, lágrimas da vida que acarretamento,

aprendo no voo do vento da vida num folhetim,

que a vida é um caminho e não um lamento.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Pai

Escrevo para ti,

pessoa que mais amo,

que és anjo meu Pai

nome que aclamo.


Foste numa brisa,

num sopro a brilhar,

numa manhã indecisa,

partiste cedo com teu olhar.


O teu amor intenso,

hoje ainda perdura,

na vida que condenso,

na alegria e na amargura.


Á quem diga que partiste,

em mim ficas-te dentro,

meu coração expandiste,

bem, verdade e amor ao centro.


Ainda recordo teu sorriso,

a força de teu braço forte,

fortaleza e coração sem aviso,

a bússola do meu hoje norte.


E nesse dia estendeste-me a mão,

e nesse dia deste-me um sorriso,

e partiste num raio de luz coração,

e partiste numa saudade paraíso.


És meu anjo da guarda,

que me protege e ampara,

no caminho me aguarda,

encontro que a morte não separa.


Pai este é meu poema para ti,

que á muito tempo esperava,

vindo do mais fundo de mim,

sou a criança feliz que abraçava.