Há sempre uma razão para viver. Podemos elevar-nos acima da nossa ignorância, podemos olhar o nosso reflexo, como o de criaturas feitas de perfeição, inteligência e talento. Podemos ser livres! Podemos aprender a voar!
(Richard Bach "Fernão Capelo Gaivota")

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quadras Soltas


Quando nossas vidas voarem,

desvendada a razão de se cruzarem,

de alegria o céu chorará e se reproduz,

porque em nosso coração ficou uma luz.


Procuro ainda a razão da solidão,

será que teimamos em que ficar sós!?

gelo da vida que queima a desilusão,

desembrulhamos e desatamos nós.



E era a voz do silêncio,

que baixinho me falava,

amor que confidencio,

num mundo que se amava.


Tempo que és tudo e não paras,

trás me um cantinho, uma luz,

amigos cantam cantigas raras,

levo-te um presente que se traduz.




O mundo se esqueceu de brincar,

como uma criança alheia a tudo,

e eu quis brincar com a lua ao luar,

pegar na tua mão e brincar a tudo.


Que bom navegar na imaginação,

rebolar e nascer vezes sem conta,

sorrisos, traquinices e magia em porção,

ser bola, berlinde e faz-de-conta.




Num infinito de raio de luz,

livro de adivinhas e fantasias,

só num espaço que me seduz,

esculpindo maravilhas de dias.


Do lado de dentro vi beleza,

lindas luzes de vida e amor,

chuva de estrelas e destreza,

no interior de ti vi uma flor.




Renascer numa razão de viver,

procurar sentido nos silêncios,

dizer amar de coração e crer,

é voar num sonho de desígnios.


E se eu te conta-se um segredo,

num gesto louco sem loucura,

sentir sem medo um som ledo,

palavra que pela eternidade dura.




Não se nasce apenas uma vez,

mas numa vida se vive muitas,

se o medo da felicidade é solidez,
vale a pena amar se acreditas.


Em algum lugar em algum tempo,

palavras, sons e ventos nos dizem,

que existem pessoas e momentos,

que nos ensinam mais e nos luzem.