Há sempre uma razão para viver. Podemos elevar-nos acima da nossa ignorância, podemos olhar o nosso reflexo, como o de criaturas feitas de perfeição, inteligência e talento. Podemos ser livres! Podemos aprender a voar!
(Richard Bach "Fernão Capelo Gaivota")

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Muda

muda

 

Olha em volta,

o mundo muda,

um sussurro,

um minuto.

 

Muda, sim muda,

o lamento sim,

despida verdade,

brechas abertas.

 

Muda sim, o retrato,

feridas palavras,

intemporais soltas,

frágeis fronteiras.

 

Muda, sim a chave,

ténue respostas,

sombrio o olhar,

auréola baça.

 

Muda sim, para lá,

encontra sim, cheio,

existe sim, um louco,

utopia da arte existente.

 

Muda sim, muda,

passageira do tempo,

tudo é, e deixa de ser,

não é apenas pó.

 

Muda, sabes sim,

uma dor, sim muda,

um amor, sim,

uma morte, sim muda.

(C.M.)